Objetivo: A infecção após a fixação interna das fraturas é uma complicação grave, sendo a infecção precoce particularmente desafiadora, pois acontece quando a fratura ainda não está consolidada. O objetivo deste estudo é identificar fatores relacionados com o desenvolvimento de infecção precoce em pacientes submetidos à fixação interna de fraturas. Método: Estudo retrospectivo que envolveu 24 pacientes com fraturas de ossos longos submetidos à fixação interna, que evoluíram com infecção no pós-operatório. A infecção foi classificada como precoce (diagnóstico nas primeiras duas semanas após a fixação interna) e tardia (diagnóstico após 2 semanas da realização da fixação). Resultados: Dos 24 pacientes estudados, 11 (46%) desenvolveram infecção precoce e 13 (54%) tiveram infecção tardia. Os pacientes portadores de infecção precoce eram mais jovens (37,8 anos versus 53,1 anos [p = 0,05]) e foram submetidos a um maior número de cirurgias antes da fixação interna (1,2 versus 0,2 [p < 0,00]). Conclusão: É recomendável levar em consideração os fatores de risco de desenvolvimento de infecção no pós-operatório em pacientes submetidos à fixação interna de fraturas visando realizar o diagnóstico o mais breve possível. Nível de Evidência IV; Série de casos.
Autores: João Eurípedes de Alcântara Junior1, Rogger Aguiar de Aguiar1, Jose Gilvan Leite Sampaio Neto1, Matheus Lemos Azi1, David Sadigursky1, Daniel Figueiredo de Alencar1
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